terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fauna fluvial de Engano (Ibitiruí) - Vamos preservar !


O distrito de Engano (Ibitiruí) foi fundado a margem de um dos afluentes pertencentes à bacia do Benevente, e com o passar dos anos este foi poluído por bastante tempo com o despejo de esgoto e lixo jogado as suas margens, esta situação mudou há pelos menos uns 20 anos, porém a cada geração vemos a fauna deste rio diminuir e não sabemos se vai se recuperar um dia – precisamos mudar alguma atitude – esta postagem mostra algumas espécies mesmo que escassas ainda encontradas neste rio. A predominância ainda é das piabas, porém podemos encontrar ainda alguns carás, bagres, sarapós, barrigudinhos e muito raramente traíras.


E aí o que faremos ?





 
Sistema Pesque e pague é uma alternativa para a preservação dos rios. Na foto Andréia, Dênis e João Luíz com uma Tilápia de 4 kg, capturada em lagoa da região.











PIABA (Astyanax bimaculatus)
 
Características - pequenos peixes de escama com coloração prateada com nadadeiras variando entre amarelo, vermelho e preto. Corpo alongado e um pouco comprimido. Alcançam até 15 cm de comprimento total. Também conhecido como lambari.
Habitat - rios, córregos, lagoas, represas etc.
Ocorrência - em todo o Brasil.
Hábitos - extremamente ligeiros
Alimentação - frutos, sementes, insetos, minhocas, ovas de outros peixes e muitos outros itens. 
Predadores naturais - é base da alimentação de diversos peixes predadores.
Ameaças - muito apreciado pelo sabor de sua carne e como isca para outras espécies.
  


TRAÍRA (Hoplias malabaricus)

Características - peixe de escamas que atinge 60 cm de comprimento e 4 K de peso. Corpo cilíndrico, boca grande, olhos grandes e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. Coloração marrom ou preta manchada de cinza. Possui dentes poderosos e afiadíssimos. Língua áspera ao tato, o que a diferencia do trairão, que apresenta a língua lisa. É utilizado em açudes e represas como controlador de populações demasiadamente prolíficas como tilápias e piabas. Tem alta resistência a local com pouco oxigênio. Apesar do excesso de espinhas, em algumas regiões é bastante apreciado como alimento. 
Habitat - águas paradas de lagos, represas, brejos, remansos e rios tendo preferência por barrancos com vegetação onde espreitam e emboscam suas presas.
Ocorrência - todo o Brasil.
Hábitos - temperamento agressivo e solitário. Caçam, preferencialmente, ao amanhecer e ao entardecer. Altamente territorialista. É mais ativo durante a noite.
Alimentação - carnívoro, alimentando-se de pequenos peixes, rãs e insetos. Espera a presa imóvel junto ao fundo de lama ou em locas de pedras, desferindo um bote rápido e fatal.
Ameaças - poluição e destruição do habitat.


CARÁ ou ACARÁ (Geophagus brasiliensis)    

Características - é uma das espécies mais comuns nas bacias do rio Doce e do Paraíba do Sul, ocorrendo também na bacia do rio São Francisco. Apresenta espinhos defensivos nas nadadeiras dorsal, ventral e anal. Sua coloração é realmente magnífica. Cores vermelhas, azuis e faixas turquesa.
Habitat - especializado em ambientes de águas paradas, mas é também comum nos rios, especialmente nos remansos ou nas margens com vegetação abundante.
Ocorrência - bacias do rio Doce, do Paraíba do Sul e do rio São Francisco.
Hábitos - são de natureza plástica e flexível, e por esse motivo é uma das poucas espécies que se adaptam muito bem às condições de reservatórios. 
Alimentação - onívora, comendo uma ampla variedade de alimentos no fundo, os quais são triados com sua boca protrátil.
Reprodução - na época de reprodução, o casal limpa uma área de fundo arenoso, e o defende contra intrusos. O número de ovos não é muito elevado, sendo que o macho toma conta dos filhotes recolhendo-os na sua cavidade bucal. Os exemplares machos adquirem uma protuberância na cabeça na época da reprodução, que desaparece após a fase sexual.
Ameaças - possuem carne apreciada pela culinária por isso são muito pescados. Poluição e destruição do habitat são as principais ameaças.  


JUNDIÁ ou BAGRE (Rhamdia quelen)

Características - coloração cinza-escura, ventre branco. Alcança 40 cm de comprimento e 2 Kg de peso.
Habitat - rios com fundo arenoso, remansos de rios e próximo à boca do canal onde procura alimento.
Ocorrência - todo o Brasil
Hábitos - noturnos
Alimentação - carnívoro
Ameaças - poluição e destruição do habitat.
 


SARAPÓ ou TUVIRA (Gymnotus carapo)

Características - estes peixinhos, que os pescadores reconhecem apenas como excelentes iscas para pescarem dourados, pertencem ao grupo dos peixes elétricos. O sistema elétrico das tuviras é fraco demais para ser percebido, embora possa ser ouvido com equipamento especial, dentro de aquários ou nos rios. O sistema elétrico permite a estes peixes detectar obstáculos  e  presas,  e  é  utilizado para comunicação entre indivíduos da mesma espécie. Além disso, é excelente em condições de pouca ou nenhuma visibilidade, como águas turvas ou à noite, e isso está refletido no pouco desenvolvimento dos olhos destes peixes. Devido à necessidade de manter o corpo rígido (para não alterar o campo elétrico), eles têm uma nadadeira anal comprida que apresenta movimentos rotatórios em cada raio da nadadeira. E o sentido de rotação deste raio lhes permite avançar ou recuar. Pode atingir 80 cm de comprimento.
Habitat - águas com vegetação abundante.
Ocorrência - Pantanal Mato-grossense e bacia do São Francisco.
Hábitos - noturnos
Alimentação - insetos aquáticos
Ameaças - poluição, destruição do habitat e pesca para utilização como isca.


BARRIGUDINHO (Lebistes reticulatus -Peters)

Características - Este barrigudinho, um dos mais comuns em nosso pais, para onde foi importado como larvófago, é extremamente variável quanto à coloração. Tem a conformação geral dos ovovivíparos tendo o macho todas as cores do arco-íris, não sendo possível encontrar dois completamente iguais. Como diz Innes: "Cada macho é tão individual como uma impressão digital!"… As nadadeiras dorsal e anal são cheias de cores e de esquisitos bordados. A fêmea limita-se a ser de cor verde-oliva, com as nadadeiras ligeiramente amareladas Cada escama tem o bordo mais escuro dando o conjunto a impressão de uma rede, daí o seu nome genérico reticulatus. Peixes de pequeno porte , muito comuns nos igarapés e riachos do Brasil.A fêmea tem o ventre permanentemente dilatado
Habitat - Vive próximo da superfície, onde o teor de oxigênio é maior, o que lhe permite ocupar ambientes poucos oxigenados.
Ocorrência - Trinidad e Norte da América do Sul
Hábitos - é excelente companheiro, reproduz-se com facilidade e é de uma fertilidade espantosa
Alimentação - Alimenta-se de larvas aquáticas de moscas e mosquitos, auxiliando no controle biológico destes insetos.
Ameaças - Cada mês a fêmea põe no mundo de 10 a 60 filhotes que nascem com agilidade suficiente para escapulir à voracidade da própria mãe, que os acha um prato excelente, comidos ao natural. Muitos cairão vítimas deste amor materno, pelo que o aquário deve estar bem plantado para lhes dar a oportunidade de se esconderem o mais depressa possível, assim que nasçam. São muito resistentes a doenças, mas não toleram quedas bruscas de temperatura.


CARANGUEJO-DE-ÁGUA-DOCE (Trichodactylus fluviatilis)

Características: Possuem carapaça alta e arredondada, com cerca de 5 cm de comprimento e cor marrom-escura avermelhada. Popularmente são conhecidos como caranguejo-do-rio, caranguejo-d'água-doce, caranguejo-de-água-doce, goiaúna e guaiaúna. Em alguns lugares da Bahia ainda é conhecido como gajé.
Habitat - Encontrados em todo o Brasil, em córregos e riachos de água corrente.
Ocorrência - América do Sul e Central ocorrendo desde o sul do México até a Argentina, sempre em rios da drenagem Atlântica.
Alimentação - Alimenta-se de peixes mortos, folhas mortas etc.
Ameaças - poluição, destruição do habitat.

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Primeira Expedição Científica do Benevente - 2006

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